Os críticos literários são tão importantes pra mim quanto os meus poemas e o meu livro são importantes pra eles, ou seja, reduzindo nossas "importâncias" a uma equação matemática, anulam-se. E vida que segue, pois, como disse Sêneca, os homens podem dividir-se em dois grupos: os que seguem em frente e fazem alguma coisa e os que vão atrás a criticar. Prefiro seguir em frente, seja minha arte adorada ou apedrejada por intelectuais e/ou pseudointelectuais de plantão.
Nos melhores dias da arte não existiam críticos de arte, mas desconfio que esta frase de Oscar Wilde seja uma mentira, uma vez que o primeiro crítico de arte surgiu há milhares de anos, quando um sujeito, acho que um homem de Neandertal, rabiscou o desenho feito por um amigo na parede de uma caverna.
Mas, para a nossa sorte, a grande magia da literatura acontece entre escritor e leitor, e digo isso como escritor e, principalmente, como leitor. Faça-se luz e não deixemos a escuridão da soberba e da arrogância silenciar a beleza de um contos de fadas ou de uma história mortal que deixará de existir logo depois de contada! Não é a imortalidade do livro que nos toca, mas a intensidade com que acaricia o nosso coração!