domingo, 15 de julho de 2012

Não podemos descansar dos nossos sonhos

Não podemos descansar dos nossos sonhos, tirar férias desse "trabalho" que nos motiva. Mesmo que ninguém se importe, e acreditem, poucos realmente se importam, nós continuamos a caminhar, a lutar essa batalha inglória e solitária que trazemos na alma: sonhar.

E como andarilhos nessas trilhas mundanas e tortuosas, vamos em frente. Vez por outra, um sorriso de passagem nos dá fôlego ou um abraço nos protege das frias noites, mas, na maioria das vezes, as faces e os braços não são tão amigáveis... Em verdade, estamos longe da multidão!

Não podemos descansar do nossos sonhos, já disse, e o cansaço, implacável, apenas aumenta esse drama tão humano que é sonhar. Podemos chegar ao final e cair abatidos pelo tempo ou pela indiferença, mas olharemos para trás e sorriremos, porque a alegria sempre esteve na batalha diária, como uma epopeia escrita dia após dia no escuro do quarto, longe dos olhares e dos aplausos. Ou como bem escreveu Bernard Shaw, "nada fui do que sonhei, mas sonhei"