À equipe do Ateneu, meus sinceros agrdecimentos pela cerimônia e pelo carinho com que fui recebido e tratado durante minha permanência nessa rainha de belezas naturais que é Angra dos Reis.
Segue abaixo o poema premiado:
Natureza-Morta
“A árvore quando cortada, observa com
tristeza que o cabo do machado é de madeira.” (Provérbio árabe)
Observo a aurora chorar
Em chuvas ácidas
Sob a névoa de mil fábricas
E a escuridão tocar
Minhas raízes mais profundas
Sob o apocalipse da queda...
Vejo impuras tonalidades
De um vil cinza
A abraçar meu verde,
Enquanto sinto a seiva
Correr em sangue, vermelha,
E toda a selva a sentir no ventre
A grande perda:
Cada cadáver de
árvore
Como
natureza-morta
Em pintura
fúnebre.
Beijo o solo em último ato,
Derrotada como a lenha,
E indago ao mundo:
O que será do
futuro?
E me calo,
Calejada pelos
machados.
Thiago Luz
6 comentários:
Belíssimo poema. Parabéns!
Belíssimo poema. Parabéns!
Obrigado, Isabel!!!
Parabéns!!! Merecido. Belo poema.
Valeu!!! :)
Parabéns. Abrçs, Gustavo
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